quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mote sugerido: Deixa o Pau Quebrar Pra Não Quebrar a Cara (by Ana)

Há algum tempo, Juliana me sugeriu esse mote. Demorei, mas acabei produzindo essa pérola:

Era uma vez um menino de madeira chamado Pinóquio. Ele era filho do velho Gepeto. Um belo dia, ele resolveu fazer uma escultura de madeira pra mostrar para o seu pai como ele tinha aprendido tudo certinho (Gepeto era marceneiro, só pra constar!).
Para fazer sua escultura, ele ia precisar de madeira, mas não podia usar a que tinha em casa, já que era uma surpresa para o pai. Então, resolveu convidar seu amigo anão Feliz para ajuda-lo a cortar um pau pra fazer a escultura. Porém, Feliz era verticalmente desfavorecido e, por isso, sugeriu que levassem mais um amigo para a aventura.
Indo em direção à floresta, os dois encontraram o lobo chamado Mau que aceitou o convite e seguiu cantando com os dois.
Quando chegaram no meio da floresta, avistaram uma linda e frondosa árvore chamada Vovó Willow, por incrível que pareça, ela falava e lhes contou que era avó da índia Pocahontas. Pinóquio estava cansado de andar na floresta e resolveu cortar um pedaço de pau da Vovó ali mesmo. Feliz estava entretido, rindo das histórias da árvore e Mau estava olhando pra ela com cara de fome.
O boneco de madeira caminhou disfarçadamente até a parte de trás da Vovó e fez menção de puxar um pedaço de pau. Mas, nessa hora, ela percebeu e ficou brava, ameaçou jogar Pinóquio no rio e começou a balançar seus cipós. Porém, Mau, que era bem esperto e fazia parte de uma gangue de lobos da floresta chamada BOPE, ameaçou a árvore dizendo: “Ou deixa o Boneco levar o pau, ou eu mordo o seu tronco. E vai ser bem na cara pra estragar o velório!”.
Sem saída, ela consentiu na entrega do pau e saiu ilesa. E Pinóquio e Mau pegaram o anão no colo e correram para fora da floresta. O que foi uma atitude meio besta, já que por mais brava que a árvore estivesse, não conseguiria sair do lugar.

Moral da história: Deixar o pau quebrar é melhor que quebrar a cara.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Aula de Filosofia (by Ju)

Eu adoro São Paulo. Sinto falta da minha prainha da Ilha do Boi e do Bully’s sucos, mas não se aprende o mesmo em Vitória e aqui.

As coisas em Sampa são mais rápidas, mais diferentes e só aqui se encontram determinadas figuras, frutos dessa coisa maluca que é a cidade grande, que fazem o dia, para quem os sabe ver, ficar bem interessante (lato sensu).

Bem, figuras como a minha professora de Filosofia do Direito, meio maluquete, meiga, que, ao tentar fazer-nos enxergar filosoficamente a atividade mais do que dinâmica que passara na sala de aula hoje, foi um pouco ridicularizada pela maioria...

A atividade consistia em ir lendo uma frase no quadro, escrita pausadamente pela professora, que dizia: “Um dia me movimentei de forma diferente, subi, desci às escadas, abri a janela e vi, também de forma diferente, o céu – do pensar, do observar, vi o mundo, filosofei. Um dia compreendi, achei a essência, filosofei.”

Essa frase era acompanhada de gestos da professora, músicas que falavam sobre os mendigos do Anhangabaú e sobre “voar, voar e enxergaaaaar”... Bom, no final da aula, como conclusão da coisa não “concluível” – e por isso a genialidade do método ao passar essa responsabilidade de conclusão para os alunos – a professora nos perguntou como faríamos para traduzir aquela aula em uma palavra. A maioria falou coisas bem subjetivas como: "mudança", "união", "transcendental", "interessante". Nada muito profundo, mas, exatamente por isso, a genialidade da professora, que disse: "a aula está aí!".

Óbvio que, sendo a chatonilda de galocha que sou, quis interpretar toda a aula - não direi filosoficamente (porque daí eu queria alcançar a essência mesmooo da coisa e seria muita pretensão minha), mas semanticamente (mais simples).

Voilá:

Tem uma música do Paulinho da Viola que diz “as coisas estão no mundo só que eu preciso aprender”. E é exatamente isso. É exatamente o que voar, voar e enxergaaaaaaar significa: o mundo não existe se não o enxergamos. A vida não faz sentido se não vivermos. E para enxergar e viver plenamente é preciso refletir sobre as coisas. Ao se movimentar de maneira diferente, você sai do senso comum, porque este é superficial. Ver o céu do pensar deve ser libertador e é, por isso que o homem que saiu da caverna* tem medo: a liberdade dá medo. No geral, as pessoa não gostam de autonomia (se auto normatizar) porque isso requer responsabilidade e tremenda reflexão sobre as atitudes certas e erradas (e mais: o que são atitudes certas e erradas?). Achar a essência, portanto, seria filosofar, seria dar importância às coisas do mundo e não simplesmente passar por cima delas como simples coisas. As coisas são mais que coisas. As coisas são as coisas que NÓS achamos que são coisas. E isso é muito importante porque reflete também a nossa importância.

O mais impressionante, porém, é que, depois te ter concluído que o mundo está aí e só temos que enxergar, que a vida se resumiria a essa coisa subjetiva de analisar, refletir, buscar profunda compreensão sobre as coisas, que o azul não é azul se assim não o enxergamos (seríamos uma espécie de deusezinhos?), ao andar na paulista, me deparo com mais uma das figuras paulistanas. Dessa vez não era uma professora bonitinha com cara de Amelie Polan, mas sim uma mendiga maltrapilha e maltratada que berrava:

- é fácil brincar de Deus. Difícil é brincar de roleta russa. Eu não preciso desse sopro de vida...

Era louca. E me pergunto se assim ficou porque compreendera profundamente todas as coisas desse mundo...
Produto do sistema compreendido?

...

Só sei que rolava uma passeata dos estudantes-geração-sem-causa da USP e a ultra (no bom sentido) louca se perdeu na barulheira...


* Mito da Caverna, Platão

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nem por caridade... (por Ana)

Existem coisas que não fazemos, nem por caridade. Estive pensando no assunto e resolvi listar algumas delas. (As que me lembro):
1. Não acompanho novelas de mutantes da Record, nem por caridade.
2. Não como fígado, nem por...
3. Não leio textos de Filosofia do Direito, nem por caridade
4. Não estudo Processo Civil nas férias, nem por caridade
5. Não escuto / canto funk / hip hop, nem por caridade
6. Não ... (CENSURADO)
7. Não vou à 25 de março numa tarde chuvosa depois da prova, nem por caridade.
8. Não saio com gente chata, nem por caridade.
9. Não vou à festa da UNIP, nem por caridade.
10. Não me filio ao Esporte Clube Corinthians, nem por caridade
11. Não voto em paredão de Reality Show, nem por caridade
12. Não tomo anestesia no céu da boca, nem por caridade. (Credo!)
13. Não arranco a unha do dedão do pé, nem por caridade
14. Não beijo o professor de Previdenciário porque ele deu uma prova teste, nem por caridade!
15. Não canto musiquetas pró-Mackenzie / sanfran, nem por caridade.
16. Não participo de manifestações socialistas na prainha, nem por caridade.
17. Não embarco num cruzeiro com show do Roberto Carlos, nem por caridade.
18. Não passo o carnaval em Pousada do Rio Quente, nem por caridade.
19. Não forneço chiclete Trident, nem por caridade. (Pô, pessoal... Só tem 5 no pacotinho!)
20. Não empresto folha de caderno, nem por caridade.
21. Não suporto pessoas amassando folhas de caderno, nem por caridade.
22. .......... Depois dessas últimas, acho melhor parar... Estou demonstrando minhas loucuras!

É isso aí... NEM POR CARIDADE!
HITLER ROCKS!