terça-feira, 28 de outubro de 2008

Por que Deus criou a Jaca? (by Ana)

Puxa vida, a jaca é enorme e nasce em árvore. Isso não está certo. Não sei o que deu errado, mas não é justo com a árvore. Além do mais, ela pesa, incomoda os galhos e causa inveja nas folhas, já que ninguém repara nelas quando há uma jaca pendurada ao lado.
Por que Deus a inventou? - Acho que ele estava cansado, já tinha criado quase tudo, mas olhou para o lado e viu um vazio, um espaço ao lado do pé de morango. Resolveu, então criar uma fruta grande só pra contrastar. Mas como já tinha sido coerente com a melancia, colocando-a ao chão, resolveu pendurar a nova fruta no alto.
O passo seguinte seria dar um nome àquela aberração. Ele olhou pensativo... Não tinha idéia de que nome dar. Já tinha feito tantas coisas naquele 6 dia de criação do mundo, estava cansado, desanimado, mas ao mesmo tempo intrigado com a árvore que criara. Mas olhou de novo e viu a “frutona” desabar. Nervoso, soltou seu desabafo:
- JÁ CAiu! Preciso reforçar esse galho.
O trabalho da reforma da obra o deixou mais cansado ainda. Estava numa verdadeira sinuca... Precisava dar um nome à última fruta, pra poder descansar. Foi aí que Deus, abdicando por um instante de sua perfeição decidiu que não quebraria mais a cabeça:
- Que seja a JACA!

Índio Tacanho (by Ju)

1.De pequena estatura. 2. V. avaro. 3. Sem largueza de vistas; estreito.


No meio das tabas
Cercada de troncos
Índio Tacanho
Dos Tamoios

Tica estatura
Estreita traquéia
Tosse constante
Fadiga irritante

De tribo dos fortes
Tacanho (in)destaque
Quando tudo é tenaz
Tacanho é todo terno

É tímido e tem tudo
para ser poeta
com vistas sem extensão
Nem tenta, só teme

Tacanho, portanto
É tanto quanto seu nome
Petico, intruso,
Temeroso e tímido

Tacanho é mulher
No meio dos maus...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tacanho (by Ana)

TACANHO
1.De pequena estatura. 2. V. avaro. 3. Sem largueza de vistas; estreito.

Era uma professora de português, ela era gorda, feia, chata e tinha um humor nem sempre compreendido. Vale ressaltar que ela dava aula para uma turma de primeiro colegial. Criançada cheia de energia, que não parava quieta e também não dava muita importância para aquela mulher.
Ela, então, perguntava: “ O que vocês acharam do novo teatro da cidade?” (ou outra pergunta do gênero).
A resposta que vinha era sempre a mesma: “ Ah! Professora, ele é LEGAL.”
Ela então, toda cheia de si, só porque tinha estudado numa excelente universidade, tinha mestrado, doutorado e blábláblá em língua portuguesa, soltava o:
“ LEGAL é aquilo que está dentro da Lei.” - E sempre remendava: “O vocabulário de vocês é TACANHO, ainda há muito o que aprender, e é uma vergonha que estudantes do primeiro colegial, do melhor colégio da cidade não tenham outro adjetivo para definir sua resposta do que o pobre LEGAL.”
Demorou, mas conseguimos entender que tacanho era pequeno, insignificante, fraco demais.
Eu confesso que ainda não sei que outro adjetivo usaria para definir a minha resposta. O meu vocabulário ainda é pobre. Mas o que nunca mais esqueci e até acabei colocando em prática foi o tal do TACANHO. Vira e mexe ele aparece, nas mais diversas situações.
Hoje mesmo ele apitou na minha cabeça. Eu discutia com a Juliana sobre um certo professor, cujo conhecimento eu considero... Eu considero... Como é mesmo a palavra?... TACANHO.
- Hem? O que você disse?
- Tacanho... Pequeno, insignificante, fraco. Entendeu?
- Ah! Sim. LEGAL, gostei.

Mas aquele adjetivo... Eu ainda não encontrei. Melhor continuar recolhida à minha TUTAMÉIA.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Confissão (by Ju)

A melodia desta música e tudo
Que há de mais poético
Faz-me querer um amar - ser amante
Que confunde. Confesso

O sabor desse vinho e tudo
Que há de mais doce
Faz-me querer futuro amor – paixão passada
Que confunde. Confesso

A melancolia poética das minhas dicotomias e tudo
Que há de mais reflexivo
Faz-me querer parar – finalmente achar
Sentido nas coisas...