domingo, 31 de maio de 2009

A Meiga (por Juliana)

O meu pro teu?
O teu pro meu?
Do teu no meu...
O meu no teu...

O meu ao meu.
O teu ao teu.
Basicamente, pelo nosso:
eu!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Angústia (por Juliana)

Os cheiros vaporosos, saborosos
Viscosidade, pele conjugada
A necessária sina imaculada
De um querer, sem poder – duvidosos!

Versos perdidos, feios e sentidos
Na busca sem freios, esperançosa
Pra doença das minhas mãos saudosas
Cura ausência de ritmos, cardíacos

Mentira! Tensão para submergir
Pura, mesmo, nua, tão, tua, lua
Alegoria sintética e crua:
Que verdade, que discursos há por vir?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Minha Pena (by Ju)

E gracejos vibrantes
Para fazer-me crer
Mais risadas gostantes
- o prazer do saber!

Aquela erudição
Como éphemère*, que voa,
a imaginação,
flutuando na lousa

Interesses constantes
A pena por não ter
Disposição de antes

De lhe dar atenção
Culpa e desejo: doam!
Consciência na mão...


*em francês: 1. efêmero, 2. libélula

terça-feira, 12 de maio de 2009

REAJA, HOMEM! (by Ana)

Direito Penal: O Direito das reações

Numa de nossas calorosas discussões sobre direito penal, Juliana e eu chegamos a uma conclusão: Esse ramo do direito lida, basicamente, com as reações do ser humano.
A reação é algo que não podemos prever apesar de sempre tentarmos nos preparar para ela. Exemplo clássico disso: Fulano sempre dizia que quando fosse assaltado, não reagiria, entregaria logo a carteira e deixaria o ladrão ir embora. Um dia Fulano, de fato, é assaltado e, consumido pela raiva daquele delinqüente que apontava a arma para ele, Fulano pula em cima do ladrão e segura a sua mão. O ladrão, que não é Madre Tereza, dispara a arma e mata Fulano.
Ninguém sabe a reação em momentos difíceis. Outro exemplo, agora fora do âmbito penal, mas verídico, aconteceu comigo: Meu pai sempre dizia que se um dia eu fosse bater o carro, deveria travar o braço esticado na direção para não bater o rosto. Sempre “treinei” essa reação para o infeliz caso de sofrer um acidente. Pois bem, o terrível dia chegou e eu me vi totalmente sem controle do carro, indo em direção ao muro. Qual foi a reação? - Eu segurei a direção e me encolhi perto dela, chegando bem perto mesmo e, quando percebi e tentei tirar, já era tarde e eu quebrei o nariz.
Reação não se explica nem se espera. Reação é reação e varia com o momento. Por isso, já preconizava Beccaria de que a pena deveria ser proporcional ao crime cometido (logo, variável em face da reação do indivíduo).
“A” numa atitude imbecil começa a bater em sua filhinha “I”, o motivo nos é desconhecido, talvez manha de criança com sono... Acontece que “A” perde a mão e, de repente se vê perante a criança desfalecida. O nervosismo o impede de pensar e ele acha que ela está morta. (Agora reparem na reação...) O que fazer com aquele corpo? Não há tempo para discutir o seu destino, ninguém quer aquele incômodo suposto cadáver por perto. Então “A”, numa reação exagerada de desespero, joga sua própria filha pela janela do apartamento.
A explicação da grande maioria dos crimes está pautada na reação. Por isso, quando em conflito entre as teorias da conduta: Causalista e Finalista, do Direito Penal (Ambas consideram a conduta criminal como uma ação ou omissão voluntária e consciente. Porém, enquanto o Causalismo diz que isso gera um movimento corpóreo que caracteriza o tipo penal, o Finalismo diz que esse movimento vem acompanhado de uma finalidade.), escolhemos a segunda e ainda complementamos no sentido de que, muito mais do que uma finalidade, o crime está pautado numa reação. Utilizando a crítica feita pela Teoria do Causalismo em face do Finalismo, até mesmo (e acrescento, muito mais eles do que quaisquer outros) os crimes sem finalidade podem ser explicados pela reação. Apesar disso, acreditamos que a reação apenas explica a atitude do criminoso, mas não o absolve. A diferença entre o assassino e eu é que, pelo menos por enquanto, eu consigo controlar as minhas reações de raiva e ele não. Talvez esse panorama mude pois eu nunca passei (e espero nunca passar) por uma situação tão limite que a reação seria, de todas, a mais extrema: matar alguém.
Por fim, deixo um último conflito a ser analisado posteriormente: E aqueles casos friamente planejados por meses a fio? Existiria reação mesmo sabendo que não se trata de situação limite? É encontrado um caderno que contem um plano de assassinato. Isso é reação? Ou é ruindade?
Não deixem de conferir nesse mesmo horário, nesse mesmo canal!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Verdade (by Ju)

I.

Olhos que olham sem olhar
Pupila que vê só formas no ar
As lágrimas secas, sem cintilar
Apenas pela simples fisiologia ocular

II.

É um privilégio a agonia!
Fazer de tudo uma melancolia
Deixar a noite, sofrer o dia
Tudo em busca daquela dita alegria

Chorar pela saudade do desconhecido
Do todo desejado, nunca sentido
Ver pássaro não verde, mas colorido
Toda a profundeza das cores - que bonito!

Se existe uma bela tristeza
Como sofrer por paixão(com destreza)
Nunca que se pode duvidar, certeza,
De que o amor existe - verdadeiramente...

sábado, 2 de maio de 2009

Où sommes-nous (by Jean-Rémy Puech - o cara mais legal do mundo!)

Où sommes-nous
Nous sommes ici et là
Nous sommes partout
Nous sommes ici à sampa
nous sommes là à cantalou
nous sommes ici et là bas
nous voila partout