Puxa vida, a jaca é enorme e nasce em árvore. Isso não está certo. Não sei o que deu errado, mas não é justo com a árvore. Além do mais, ela pesa, incomoda os galhos e causa inveja nas folhas, já que ninguém repara nelas quando há uma jaca pendurada ao lado.
Por que Deus a inventou? - Acho que ele estava cansado, já tinha criado quase tudo, mas olhou para o lado e viu um vazio, um espaço ao lado do pé de morango. Resolveu, então criar uma fruta grande só pra contrastar. Mas como já tinha sido coerente com a melancia, colocando-a ao chão, resolveu pendurar a nova fruta no alto.
O passo seguinte seria dar um nome àquela aberração. Ele olhou pensativo... Não tinha idéia de que nome dar. Já tinha feito tantas coisas naquele 6 dia de criação do mundo, estava cansado, desanimado, mas ao mesmo tempo intrigado com a árvore que criara. Mas olhou de novo e viu a “frutona” desabar. Nervoso, soltou seu desabafo:
- JÁ CAiu! Preciso reforçar esse galho.
O trabalho da reforma da obra o deixou mais cansado ainda. Estava numa verdadeira sinuca... Precisava dar um nome à última fruta, pra poder descansar. Foi aí que Deus, abdicando por um instante de sua perfeição decidiu que não quebraria mais a cabeça:
- Que seja a JACA!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Índio Tacanho (by Ju)
1.De pequena estatura. 2. V. avaro. 3. Sem largueza de vistas; estreito.
No meio das tabas
Cercada de troncos
Índio Tacanho
Dos Tamoios
Tica estatura
Estreita traquéia
Tosse constante
Fadiga irritante
De tribo dos fortes
Tacanho (in)destaque
Quando tudo é tenaz
Tacanho é todo terno
É tímido e tem tudo
para ser poeta
com vistas sem extensão
Nem tenta, só teme
Tacanho, portanto
É tanto quanto seu nome
Petico, intruso,
Temeroso e tímido
Tacanho é mulher
No meio dos maus...
No meio das tabas
Cercada de troncos
Índio Tacanho
Dos Tamoios
Tica estatura
Estreita traquéia
Tosse constante
Fadiga irritante
De tribo dos fortes
Tacanho (in)destaque
Quando tudo é tenaz
Tacanho é todo terno
É tímido e tem tudo
para ser poeta
com vistas sem extensão
Nem tenta, só teme
Tacanho, portanto
É tanto quanto seu nome
Petico, intruso,
Temeroso e tímido
Tacanho é mulher
No meio dos maus...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Tacanho (by Ana)
TACANHO
1.De pequena estatura. 2. V. avaro. 3. Sem largueza de vistas; estreito.
Era uma professora de português, ela era gorda, feia, chata e tinha um humor nem sempre compreendido. Vale ressaltar que ela dava aula para uma turma de primeiro colegial. Criançada cheia de energia, que não parava quieta e também não dava muita importância para aquela mulher.
Ela, então, perguntava: “ O que vocês acharam do novo teatro da cidade?” (ou outra pergunta do gênero).
A resposta que vinha era sempre a mesma: “ Ah! Professora, ele é LEGAL.”
Ela então, toda cheia de si, só porque tinha estudado numa excelente universidade, tinha mestrado, doutorado e blábláblá em língua portuguesa, soltava o:
“ LEGAL é aquilo que está dentro da Lei.” - E sempre remendava: “O vocabulário de vocês é TACANHO, ainda há muito o que aprender, e é uma vergonha que estudantes do primeiro colegial, do melhor colégio da cidade não tenham outro adjetivo para definir sua resposta do que o pobre LEGAL.”
Demorou, mas conseguimos entender que tacanho era pequeno, insignificante, fraco demais.
Eu confesso que ainda não sei que outro adjetivo usaria para definir a minha resposta. O meu vocabulário ainda é pobre. Mas o que nunca mais esqueci e até acabei colocando em prática foi o tal do TACANHO. Vira e mexe ele aparece, nas mais diversas situações.
Hoje mesmo ele apitou na minha cabeça. Eu discutia com a Juliana sobre um certo professor, cujo conhecimento eu considero... Eu considero... Como é mesmo a palavra?... TACANHO.
- Hem? O que você disse?
- Tacanho... Pequeno, insignificante, fraco. Entendeu?
- Ah! Sim. LEGAL, gostei.
Mas aquele adjetivo... Eu ainda não encontrei. Melhor continuar recolhida à minha TUTAMÉIA.
1.De pequena estatura. 2. V. avaro. 3. Sem largueza de vistas; estreito.
Era uma professora de português, ela era gorda, feia, chata e tinha um humor nem sempre compreendido. Vale ressaltar que ela dava aula para uma turma de primeiro colegial. Criançada cheia de energia, que não parava quieta e também não dava muita importância para aquela mulher.
Ela, então, perguntava: “ O que vocês acharam do novo teatro da cidade?” (ou outra pergunta do gênero).
A resposta que vinha era sempre a mesma: “ Ah! Professora, ele é LEGAL.”
Ela então, toda cheia de si, só porque tinha estudado numa excelente universidade, tinha mestrado, doutorado e blábláblá em língua portuguesa, soltava o:
“ LEGAL é aquilo que está dentro da Lei.” - E sempre remendava: “O vocabulário de vocês é TACANHO, ainda há muito o que aprender, e é uma vergonha que estudantes do primeiro colegial, do melhor colégio da cidade não tenham outro adjetivo para definir sua resposta do que o pobre LEGAL.”
Demorou, mas conseguimos entender que tacanho era pequeno, insignificante, fraco demais.
Eu confesso que ainda não sei que outro adjetivo usaria para definir a minha resposta. O meu vocabulário ainda é pobre. Mas o que nunca mais esqueci e até acabei colocando em prática foi o tal do TACANHO. Vira e mexe ele aparece, nas mais diversas situações.
Hoje mesmo ele apitou na minha cabeça. Eu discutia com a Juliana sobre um certo professor, cujo conhecimento eu considero... Eu considero... Como é mesmo a palavra?... TACANHO.
- Hem? O que você disse?
- Tacanho... Pequeno, insignificante, fraco. Entendeu?
- Ah! Sim. LEGAL, gostei.
Mas aquele adjetivo... Eu ainda não encontrei. Melhor continuar recolhida à minha TUTAMÉIA.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Confissão (by Ju)
A melodia desta música e tudo
Que há de mais poético
Faz-me querer um amar - ser amante
Que confunde. Confesso
O sabor desse vinho e tudo
Que há de mais doce
Faz-me querer futuro amor – paixão passada
Que confunde. Confesso
A melancolia poética das minhas dicotomias e tudo
Que há de mais reflexivo
Faz-me querer parar – finalmente achar
Sentido nas coisas...
Que há de mais poético
Faz-me querer um amar - ser amante
Que confunde. Confesso
O sabor desse vinho e tudo
Que há de mais doce
Faz-me querer futuro amor – paixão passada
Que confunde. Confesso
A melancolia poética das minhas dicotomias e tudo
Que há de mais reflexivo
Faz-me querer parar – finalmente achar
Sentido nas coisas...
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